Muito prazer, eu sou a Raquel Micas! Sou a fundadora do blog Dicas e Sacadas de Empreendedorismo Cultural. Em 2016 o mundo estava em crise e eu também!
No início dele, fiz um curso que abriu a janela para a possibilidade de pensar em ter meu próprio negócio. De antemão, ter horários mais flexíveis era o que mais almejava.
No meio do ano de 2016 fui desligada da empresa onde trabalhava, a Petrobras, de forma inesperada.
Ao passo que, sou da tribo que acha que vivemos num mundo de abundância de oportunidades. E que trabalhar fazendo o que gosta deveria ser um princípio.
Porém, não nasci pensando assim, essas ideias foram florescendo ao longo dos anos.
À primeira vista, quando escolhi a minha profissão, meu objetivo era trabalhar em grandes empresas e ganhar dinheiro. Através do dinheiro, conquistar minha independência.
Nesse sentido, morar sozinha, ter um carro, poder sair com meus amigos e viajar era alcançar a plenitude. E fiz isso durante muito tempo.
Contudo, ao longo deste período, o TEMPO passou a ser meu objeto de desejo. Ser dona dele, ter uma flexibilidade maior de horário era algo que precisava ser conquistado.
Empreendedorismo culutral: decidi entrar em carreira solo.
Do desejo de continuar trabalhando com cultura, patrocínios, seleção pública de projetos e percepções de reputação no mundo das marcas, fiz um curso de transição de carreira e empreendedorismo, com foco em marketing digital.
Primeiramente, entrei achando que estaria fazendo um curso de especialização em marketing digital e terminei o curso pensando em coisas que nunca tinha parado para pensar na vida: propósito, sonhos e fazer a diferença na vida das pessoas.
Todavia, eu tive aulas de planejamento e marketing, claro! E foram muito boas.
Mas os módulos de autoconhecimento e produtividade, os livros indicados, os empreendedores que comecei a seguir nas redes sociais, me abriram uma nova perspectiva.
Ao mesmo tempo, eu já trabalhava com o que gostava. Além disso, sabia que estava fazendo a diferença na vida das pessoas através dos projetos patrocinados. E sabia que a empresa também estava ganhando com reputação de imagem.
Porém eu não tinha consciência de que, como pessoa, eu também podia fazer a diferença.
Minha caminhada
Seja como for, trabalhei por 13 anos (até 2016) na gerência de patrocínios da Petrobras.
A empresa tinha um programa muito bem estruturado na área de cultura, o Petrobras Cultural.
Todavia, esse programa tinha como pilares a democratização de acesso aos bens culturais e a afirmação da identidade brasileira. Sua abrangência era nacional.
Ou seja, ter acesso a projetos de todas as regiões do país, de diferentes segmentos culturais (teatro, circo, cinema, patrimônio imaterial, artes visuais, música, patrimônio edificado etc.) foi uma experiência indescritível.
Primeiramente, eu estava na hora certa, no momento exato e era apaixonada pelo que fazia.
Nesse sentido, meu trabalho era cuidar da seleção pública do Petrobras Cultural. O programa era uma das modalidades de entrada de projetos de patrocínio. Ou seja, este programa patrocinava quase que toda a cadeia produtiva da cultura e a seleção pública refletiva isto.
Eventualmente, numa única edição, foram abertas 19 áreas de seleção pública ao mesmo tempo. Por conta do número de segmentos culturais contemplados e dos recursos financeiros destinados, ele era considerado o maior programa de patrocínios culturais do país.
Ao passo que, foi uma época de ouro para a Petrobras. Esta empresa era considerada “estado da arte” em comunicação.
Nesse ínterim, planejar, gerenciar e executar uma seleção pública, que envolvia tantas áreas, processos e pessoas, me proporcionou um grau alto de especialização. Pude desenvolver muitas habilidades e conhecimentos ao longo das 10 edições lançadas da Seleção Pública Petrobras Cultural.
Por outro lado, tive a sorte de trabalhar com pessoas inspiradoras neste período. Grandes profissionais que com certeza contribuíram para o meu desenvolvimento e o fortalecimento e profissionalização do patrocínio e da produção cultural no Brasil.
Foi um período muito bom, o mundo era outro, com certeza!!!
Quando saí da empresa, duas coisas martelavam a minha cabeça:
A primeira é que eu gosto de trabalhar com patrocínio e gosto de trabalhar com cultura. A outra é : o que eu vou fazer agora com todo esse conhecimento acumulado?
Eu nunca quis ensinar…
Na verdade, eu nunca tinha pensado nesta possibilidade. Afinal, eu gostava do que fazia e quando a gente faz o que gosta, o tempo voa. E passou muito rápido….
E agora aqui estou, fazendo coisas que não imaginava. Como por exemplo: escrever este post.
Empreendedorismo Cultural para profissionais da cultura
Meu objetivo com este blog é dar um lugar de destaque ao patrocínio. E o empreendedor cultural é peça chave para que isso aconteça.
Assim também, o patrocínio é uma ferramenta de comunicação e o seu sucesso depende muito de quem faz o projeto acontecer.
Durante os anos que trabalhei do outro lado do balcão, na maior patrocinadora de cultura do país, a Petrobras, era comum as reclamações e insatisfações cujos temas gravitavam em torno da divulgação dos projetos e da mensuração dos resultados.
Tal qual, os projetos eram ótimos sob a ótica da produção cultural, companhias renomadas, filmes bons, projetos de qualidade, mas deixavam a desejar na sua própria divulgação e na parceria com o patrocinador.
Em contrapartida, faltava demonstrar também como aquele projeto agregava valor na estratégia de comunicação da empresa.
E ninguém melhor do que o patrocinado, que conhece o seu público e o seu projeto, para entregar esse material para que o gerente consiga comprovar para seus superiores que aquele projeto contribui para a empresa alcançar seus objetivos.
Segundo o Wikipédia, Empreendedorismo Cultural é o gerenciamento de empresas culturais.
É a transformação de companhias de teatro, circo, dança, bandas de música, artistas plásticos em empreendimentos gerenciados no formato de empresas, buscando mercado, fornecedores e preços competitivos.
Então, aqui neste espaço, vou falar sobre o que acho importante o empreendedor cultural saber para se relacionar de uma outra forma com o patrocinador. Mostrar o que as empresas buscam com um projeto patrocinado.
Sinto também que não existe na internet muitos espaços voltados para as pessoas que trabalham com Empreendedorismo Cultural trocarem figurinhas e falarem das suas experiências.
E eu gostaria de dividir este blog com você!
Se você compartilha comigo algumas das ideias lançadas aqui, deixe um comentário. ;o)
Se você gostaria que eu escrevesse sobre algum assunto relacionado a Empreendedorismo Cultural, escreve aí embaixo ou me mande um e-mail.
Até mais!
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